Mutualismo, simbiose e protocooperação:

definições errôneas em trabalhos científicos com insetos

Palavras-chave: Formicidade, Hymenoptera, Relações ecológicas

Resumo

As interações entre organismos vêm merecendo cada vez mais a atenção de pesquisadores. É fato que a maioria das espécies hoje viventes, necessariamente se engaja em pelo menos uma interação interespecífica ao longo de seu ciclo de vida. Espécies diferentes podem se associar para aumentar suas chances de sobrevivência, ambas provendo e recebendo benefícios, em relações denominadas mutualismo, simbiose ou protocooperação. Nestes tipos de relação, uma das espécies oferece um serviço ou produto que seu parceiro não pode conseguir sozinho e, em troca, recebe algum tipo de pagamento ou recompensa. No entanto, estas três relações ecológicas são, muitas vezes, tratadas erroneamente em trabalhos científicos. O objetivo deste trabalho foi verificar como estes termos são citados em trabalhos científicos, tendo como objeto de estudo as relações intraespecíficas entre insetos, especialmente as formigas.

Biografia do Autor

Elisandro Nascimento da Silva, Bioforense Projetos Educacionais
Especialista em análise pericial em Ciências Forenses
Rodrigo Souza Santos, Embrapa Acre
Possui Licenciatura Plena em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Paulista, Campus de São José do Rio Preto, SP. Mestrado e doutorado em Agronomia - área de concentração em Entomologia Agrícola pela UNESP, Campus de Jaboticabal, SP. Atualmente é pesquisador A na Embrapa Acre, trabalhando com Manejo Integrado de Pragas Agrícolas, Florestais e de pastagens. É editor-chefe do periódico Entomology Beginners e editor-adjunto do periódico EntomoBrasilis.

Referências

ANDERSEN, A. N. Responses of ground-foraging ant communities to three experimental fire regimes in a savanna forest of tropical Australia. Biotropica, v.23, p.575-585, 1991.
BREVIDELLI, M. M.; SERTÓRIO, S. C. M. Trabalho de conclusão de curso: guia prático para docentes e alunos da área da saúde. 4ª ed. São Paulo: Iátria, 2010. 232p.
BRONSTEIN, J. L.; ALARCÓN, R.; GEBER, M. The evolution of plant-insect mutualisms. New Phytologist, v.172, p.412-428, 2006.
CASSINI, S. T. 2005. Ecologia: conceitos fundamentais. Espírito Santo: Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). 69p.
GOULET, H.; HUBER, J. T. Hymenoptera of the world: a guide to identification of families. Ottawa: Agriculture Canada. 668p, 1993.
HANSON, P. E.; GAULD, I. D. (Eds.). The Hymenoptera of Costa Rica. Oxford: Oxford University Press, 1995. 893 pp.
HOEKSEMA, J. D.; BRUNA, E. M. Pursuing the big questions about interspecific mutualism: a review of theoretical approaches. Oecologia, v.125, p.321-330, 2000.
FOWLER, H. G. Diversity estimates: ant communities and the rare ant species (Hymenoptera: Formicidae) in fauna of a sub-tropical island. Revista de Matemática e Estatística, v.13, p.29-38, 1995.
JORDÃO, A. L.; SILVA. R. A. Guia de pragas agrícolas para o manejo integrado no estado do Amapá. Ribeirão Preto: Holos, 2006. 182p.
LOBRY DE BRUYN, L. A. Ants as bioindicators of soil function in rural environments. Agriculture, Ecosystems and Environment, v.74, p.425-441, 1999.
MAJER, J. D. Ants: bio-Indicators of minesite rehabilitation, landuse, and land conservation. Environment Management, v.7, n.4, p.375-383, 1983.
MAJER, J. D.; NICHOLS, O. G. Long-term recolonization patterns of ants in Westerm Australian rehabilitated bauxite mines with reference to their use as indicators of restoration success. Journal of Applied Ecology, v.35, p.161-182, 1998.
ODUM, E. P.; BARRETT, G. W. Fundamentos de Ecologia. São Paulo: Cengage Learning, 2007. 632p.
OLIVEIRA FILHO, J. H.; FREITAS, B. M. 2003. Ninhos racionais para mamangava (Xylocopa frontalis) na polinização do maracujá-amarelo (Passiflora edulis). Ciência Rural, v.33, n.6, p.1135-1139, 2003.
POLIT, D. F.; BECK, C. T. Fundamentos de pesquisa em enfermagem. Avaliação de evidências para a prática da enfermagem. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. 670p.
RELYEA, R.; RICKLEFS, R. E. A economia da natureza. 8a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. 656p.
SILVA, R. R. da; BRANDÃO, C. R. F. Formigas (Hymenoptera: Formicidae) como indicadoras da qualidade ambiental e da biodiversidade de outros invertebrados terrestres. Biotemas, v.12, n.2, p.55-73, 1999.
SACCONI, L. A. Minidicionário da língua portuguesa. O mais atualizado e mais completo. 13ª ed., 2013. 960p.
SANTA-CECÍLIA, L. V. C.; SOUZA, J. C. de; REIS, P. R. Novas constatações da cochonilha-da-raiz Dysmicoccus cryptus em lavouras de café no Sul de Minas Gerais. Lavras, MG: Centro Tecnológico do Sul de Minas - CTSM (Circular Técnica, 130), 2000. 2p.
SOUZA, J. C.; RIBEIRO, J. A. Cochonilha da raiz: cafeicultor, conheça e saiba como controlar esta praga com inseticidas neonicotinóides. Centro Tecnológico do Sul de Minas - CTSM (Lavras, MG: Circular Técnica, 162), 2003. 4p.
TORRES, J. B.; OLIVEIRA, M. D.; LIMA, M. S. Cochonilhas farinhentas: potenciais problemas para o algodão brasileiro. Recife, PE: Universidade Federal de Pernambuco, (Informativo REDALGO, 5), 2011. 6p.
VASCONCELOS, H. L. Respostas das formigas à fragmentação florestal. Série Técnica IPEF, v.2, n.32, p.95-98, 1998.
VAZ, A. Mutualismo, cooperação ou oportunismo?. 2008. Disponível em: Acessado em: 02 mai. 2022.
WILSON, E. O. Success and dominance in ecosystems. The case of the social insetcs. Germany, Orlendorf/Luhe: Ecology Institute, 1990. 104p.
Publicado
2022-12-23
Como Citar
Silva, E. N. da, & Santos, R. S. (2022). Mutualismo, simbiose e protocooperação: . EDUCTE: Revista Científica Do Instituto Federal De Alagoas, 13(1), 1943-1956. Recuperado de https://periodicos.ifal.edu.br/educte/article/view/2051
Seção
Artigos