Editorial Em 29 de dezembro de 2008 nasceu o Instituto Federal de Alagoas - IFAL, resultante da fusão entre o Centro Federal de Educação Tecnológica de Alagoas – CEFET, e a Escola Agrotécnica Federal de Satuba/AL – EAFS. A nova identidade também trouxe novos desafios. Questões como pesquisa e extensão incorporaram novos entendimentos sobre sua participação na formação acadêmica dos estudantes. A extensão, numa perspectiva de relação transformadora entre o IFAL e a sociedade, ultrapassou a perspectiva de atividade de firmamento de convênios para a oferta de estágio curricular obrigatório. Passou a ser entendida como uma extensão para além deste limite, onde programas, projetos, cursos, eventos, principalmente, foram incorporados ao fazer extensionista. No mesmo período, graças à expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica, o IFAL passou de três unidades em 2008, para 11 câmpus em 2011.Era preciso regulamentar a extensão na nova perspectiva, e isso ocorreu em março de 2011, através da Resolução nº 10/2011 do Conselho Superior. Assim foram estabelecidos os princípios norteadores da extensão no IFAL. Dentre as premissas destacamos o entendimento de que as ações extensionistas têm protagonismo duplo, IFAL e sociedade. Com base nesta convicção, a Resolução estabelece que as ações extensionistasdevem obrigatoriamente envolver a comunidade acadêmica e a comunidade externa. Os projetos de extensão, por exemplo, são todos desenvolvidos com a comunidade externa. Entendemos que o contato dos nossos extensionistas, servidores e alunos, com a comunidade externa, amplia a formação acadêmica dos estudantes, aumenta seu entendimento sobre a realidade local, e estabelece um diálogo direto com a sociedade, possibilitando estender os benefícios do ensino e da pesquisa, e aprender com a comunidade, reavaliando práticas e conteúdos acadêmicos. Marco fundamental também foi a decisão política do Instituto de aportar recursos de seu próprio orçamento para o desenvolvimento das ações de extensão. Desde 2011 contamos com orçamento institucional, o que permite o pagamento de bolsas de extensão aos estudantes. Nesta perspectiva, no final de 2010 lançamos o primeiro edital do IFAL para fomento aos projetos de extensão. Recebemos 185 inscrições de propostas. Selecionamos e desenvolvemos 57 projetos em 2011, contemplando todos os 11 campus do Instituto Federal de Alagoas. No ano de 2012, mantivemos o estímulo a projetos e passamos a apoiar também propostas de cursos de extensão. Finalizamos 2012 com 152 projetos e 18 cursos de extensão realizados, sem contar com os Cursos FIC no âmbito do PRONATEC. Também desenvolvemos ações do Programa Mulheres Mil em dois câmpus. Neste ano de 2012, participaram da extensão 152 servidores, sendo 126 docentes e 26 técnicos administrativos. Foram 445 alunos envolvidos nas ações extensionistas, entre bolsistas e voluntários. Mais de 18.0000 pessoas da comunidade externa foram parceiras nas ações extensionistas. Estabelecemos 123 parcerias com organizações externas para o desenvolvimento destas ações. Além da composição dos registros através da definição dos indicadores institucionais de extensão, a Pró-reitoria de Extensão – PROEX decidiu relatar estas experiências extensionistas na forma de um periódico. Lançamos a chamada para a inscrição de artigos, obrigatoriamente relatos de ações de extensão desenvolvidas no IFAL. Recebemos 30 inscrições. Neste primeiro número constam artigos de servidores e estudantes que desenvolveram ações nos anos de 2011 e 2012, nas diversas áreas temáticas. Neste momento marcante para todos nós do Instituto Federal de Alagoas, agradecemos imensamente aos nossos gestores por compreender a importância de destinar recursos orçamentários para a extensão, aos nossos servidores docentes e técnico administrativos, aos nossos alunos bolsistas e voluntários, às comunidades que nos receberam de braços abertos, aos coordenadores de extensão dos 11 câmpus, e à valorosa equipe da Pró-reitoria de Extensão – PROEX. Eis a EXTIFAL, volume 1, número 1. ALTEMIR JOÃO SECCO Pró-reitor de Extensão do IFAL