Agrotóxicos no Semiárido de Alagoas: agricultura químico-dependente e suas contradições

Autores

  • Lucas Gama Lima Universidade Federal de Alagoas
  • Anderson Ribeiro Miranda UFAL
  • Érica Franciele da Silva Lima UFAL
  • José Rodolfo da Silva Santos UFAL
  • Jefferson Araújo Nascimento UFAL

DOI:

https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v4i3.874

Resumo

RESUMO: Os agrotóxicos integram o modelo químico-dependente vigente na agricultura brasileira e é parte da complexa totalidade capitalista em que as megacorporações agroquímicas gozam de enorme centralidade. As linhas que seguem têm como objetivo analisar as contradições subjacentes à agricultura dependente de agrotóxicos no Semiárido de Alagoas, oferecendo um aporte reflexivo a partir de dados e informações de destacada relevância. O fenômeno dos agrotóxicos se materializa de maneira desigual no Semiárido de Alagoas e tem resultado em agudas contradições socioambientais. A pesquisa conseguiu identificar uma expressiva incidência de intoxicação humana e riscos de contaminação das águas e dos
solos com os ingredientes químicos usados nas plantações. Ademais, constatou-se a sujeição da renda da terra camponesa ao capital por meio da compra/venda regular de variados agrotóxicos. No texto são veiculados dados primários e secundários levantados ao longo da investigação, através de visita de campo a algumas das comunidades situadas às margens do Canal do Sertão e do rio Moxotó, Mesorregião do Sertão, porção oeste do Semiárido, e coletados por meio de consultas a diversos órgãos do Estado.
PALAVRAS-CHAVE: pesticidas, capital, renda da terra

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Biografia do Autor

Lucas Gama Lima, Universidade Federal de Alagoas

Possui Graduação, Mestrado e Doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), tendo defendido sua TESE em 2015, sob o título: A dinâmica imperialista contemporânea: capital sem fronteiras e sua (ir)racionalidade apátrida. Participa do Grupo de Estudo e Pesquisa em Análise Regional (GEPAR), vinculado ao CNPq, onde coordena o Grupo de Estudos em Geografia do Trabalho e o Observatório de Estudos sobre a Luta por Terra/Território (OBELUTTE). Quando estudante de Mestrado, investigou as políticas de (re)ordenamento territorial no Alto Sertão Sergipano, sendo premiado pelo Edital ETENE/FUNDECI do Banco do Nordeste (BNB), em 2009. Foi professor de geografia da rede municipal de Aracaju e da rede estadual de Sergipe. Atuou como Técnico em Assuntos Educacionais do Colégio de Aplicação da UFS, durante 06 anos, onde exerceu em parceria com outros profissionais de educação a coordenação do estágio curricular docente, a orientação educacional e o Programa de Apoio Acadêmico e Financeiro (Assistência Estudantil). Atualmente, é Docente Adjunto A do Curso de Geografia do Campus do Sertão, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), ministrando as disciplinas Geografia Política e Organização do Espaço Mundial, Geografia do Brasil, Organização Espacial do Semiárido de Alagoas e Geografia Agrária. Dedica-se à investigação dos conflitos no campo por terra/território, estrutura fundiária, sementes crioulas e uso de transgênicos e agrotóxicos no estado de Alagoas. Também dedica-se à análise da relação capital-trabalho e seus rebatimentos espaciais e territoriais.

Anderson Ribeiro Miranda, UFAL

Pesquisador-discente do curso Geografia Licenciatura da UFAL Campus Delmiro Gouveia/AL.

Érica Franciele da Silva Lima, UFAL

Pesquisadora-discente do curso Geografia Licenciatura da UFAL Campus Delmiro Gouveia/AL.

José Rodolfo da Silva Santos, UFAL

Pesquisador-discente do curso Geografia Licenciatura da UFAL Campus Delmiro Gouveia/AL.

Jefferson Araújo Nascimento, UFAL

Pesquisador-discente do curso Geografia Licenciatura da UFAL Campus Delmiro Gouveia/AL.

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Publicado

2019-10-02

Como Citar

Lima, L. G., Miranda, A. R., Lima, Érica F. da S., Santos, J. R. da S. ., & Nascimento, J. A. . (2019). Agrotóxicos no Semiárido de Alagoas: agricultura químico-dependente e suas contradições . Diversitas Journal, 4(3), 829–847. https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v4i3.874

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