Ocupação Tereza de Benguela: um território de luta e resistência

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DOI:

https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v6i1-1692

Resumo

RESUMO: Os movimentos sociais contemporâneos atuam como modificadores das relações socioespaciais, assumindo muitas vezes o protagonismo que deveria ser do Estado, atuando junto às populações menos favorecidas, indicando outros caminhos, para além, da marginalização e exclusão social. Este artigo apresenta reflexões sobre uma ocupação organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), mais precisamente o acampamento Tereza de Benguela, situado no Conjunto Village Campestre II, localizado no bairro Cidade Universitária, na cidade de Maceió, Alagoas. Neste é analisada a forma como os/as acampados/as se relacionam com o espaço, discutindo a importância do Movimento na luta por moradia e pela dignidade dos seus membros. O objetivo aqui é discutir a legitimidade da existência do acampamento Tereza de Benguela, compreender a formação territorial da ocupação, as estratégias usadas pelos acampados/as para se organizarem, as dificuldades que o Movimento enfrenta e a importância do trabalho feminino dentro do MTST. Com abordagem qualitativa, o artigo teve como percurso metodológico a realização de pesquisa bibliográfica; visitas técnicas com o intuito de vivenciar o dia-a-dia dos/as acampados/as que moravam e/ou frequentavam a ocupação; e realização de entrevistas semiestruturadas. A partir das informações coletadas pode-se fazer a sistematização das mesmas e as reflexões pertinentes. A ocupação Tereza de Benguela, é um dos acampamentos do MTST existentes no estado de Alagoas, as ações do Movimento marcam intensamente o espaço geográfico, levando a construção de um território específico e único, cuja permanência dependerá da correlação de forças envolvidas no processo.

PALAVRAS-CHAVE: MTST; Luta pela Moradia; Organização Social.

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Biografia do Autor

Isabele Tenório Santos, Universidade Federal de Alagoas

Discente-pesquisadora do curso Geografia Bacharelado, Universidade Federal de Alagoas.

Luana Tavares de Sousa, Universidade Federal de Alagoas

Discente-pesquisadora do curso Geografia Licenciatura, Universidade Federal de Alagoas.

Lucas Gabriel Vieira Almeida Rocha, Universidade Federal de Alagoas

Discente-pesquisador do curso Geografia Licenciatura, Universidade Federal de Alagoas.

Luiz Guilherme de Souza Leão, Universidade Federal de Alagoas

Discente-pesquisador do curso Geografia Bacharelado, Universidade Federal de Alagoas.

Victor Oliveira Santos, Universidade Federal de Alagoas

Discente-pesquisador do curso Geografia Bacharelado, Universidade Federal de Alagoas.

Yasmin Jandriele Neves Carvalho, Universidade Federal de Alagoas

Discente-pesquisadora do curso Geografia Licenciatura, Universidade Federal de Alagoas.

Cirlene Jeane Santos e Santos, Universidade Federal de Alagoas

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal da Bahia (2000), graduação em Geografia pela Universidade Federal da Bahia (1999), mestrado em Geografia pela Universidade Federal da Bahia (2004) e doutorado em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (2010). Atualmente é Professora Adjunta I da Universidade Federal de Alagoas. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Agrária, atuando principalmente nos seguintes temas: território, assentamentos rurais, luta pela terra, políticas públicas e reforma agrária.

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Publicado

2021-01-30

Como Citar

Santos, I. T., Sousa, L. T. de, Rocha, L. G. V. A., Leão, L. G. de S., Santos, V. O., Carvalho, Y. J. N., & Santos, C. J. S. e. (2021). Ocupação Tereza de Benguela: um território de luta e resistência. Diversitas Journal, 6(1), 1043–1066. https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v6i1-1692

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

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