As concepções de professores sobre o uso das variações linguísticas e a prática do preconceito linguístico em sala de aula no Ensino Fundamental

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DOI:

https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v2i4.256

Resumo

O presente artigo tem como objetivo fazer uma reflexão sobre as concepções de
professores do ensino fundamental sobre o uso das variações linguísticas e a prática do
preconceito linguístico em sala de aula, a pesquisa foi realizada em uma escola de esfera
pública municipal de Maribondo-AL. O preconceito linguístico é visto constantemente em
todos os lugares, sempre vindo da parte de falantes do português padrão (PP), tendo como
vítimas os falantes do português não padrão (PNP), que na maioria das vezes são pessoas
sem nenhuma escolaridade ou então moradores da zona rural. O corpus da pesquisa é
constituído por questionários respondidos pelos quatro professores/informantes. Foi
possível constatar que as concepções dos docentes foram semelhantes uma das outras, onde
os mesmos afirmam que aceitam o uso das variações, pois cada região possui suas variações
e que isto nunca poderá ser mudado. Deu-se a ver que os docentes não praticam o
preconceito linguístico, apenas alegam que o dever do professor no âmbito escolar, é passar
para os alunos o que dita à gramática normativa, fazendo com que o ensino esteja voltado
para uso da norma culta da língua. Este trabalho ancora-se em autores que atuam na
perspectiva da variação linguística e áreas correlacionas, que são eles Bagno (2013), Bagno
(2007), Fiorin (2007), dentre outros.

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Biografia do Autor

Silvio Nunes da Silva Júnior, Universidade Estadual de Alagoas - UNEAL

Graduando em Letras, com habilitação em Língua Portuguesa e suas respectivas literaturas pelo Departamento de Letras do Campus III da Universidade Estadual de Alagoas - UNEAL. Atualmente, é Pesquisador Bolsista na linha: O contato do corpo do leitor com o texto literário e sua relação sensorial, com bolsa financiada pela FAPEAL/UNEAL, como também, é Pesquisador voluntário do projeto: Língua brasileira de sinais (libras) para ouvintes: capacitando futuros professores à inclusão em sala de aula, também pela FAPEAL. É colunista da área de Educação e Pedagogia: Língua Portuguesa e Linguística do Portal Educação; e Revisor de Redações do Projeto Letras Solidárias da Universidade Federal do Ceará - UFC. Tem interesse em pesquisas na área de: Sociolinguística Educacional, Análise da Conversação, e Letramentos, com ênfase em Formação de Professores de Língua Portuguesa e Literatura.

Referências

BAGNO, Marcos. A língua de Eulália: novela sociolinguística. 17. ed. São Paulo: Contexto, 2013.

BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico: o que é como se faz. 49. ed. São Paulo: Loyola, 2007.

BELINE, Ronald. A variação linguística. In: FIORIN, José Luiz (org). Introdução a linguística. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2007, p. 121.

BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna: a sociolingüística na sala de aula. São Paulo: Parábola Editorial, 2004.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. - Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa/ Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

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Publicado

2017-04-30

Como Citar

Silva Júnior, S. N. da. (2017). As concepções de professores sobre o uso das variações linguísticas e a prática do preconceito linguístico em sala de aula no Ensino Fundamental. Diversitas Journal, 2(1), 126–130. https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v2i4.256

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